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Equipe do IFungiLab encontra cogumelo ameaçado de extinção

Publicado: Quarta, 22 de Maio de 2024, 17h39 | Última atualização em Sábado, 15 de Junho de 2024, 07h52

Parte da equipe do IFungiLab (Laboratório de Ensino, Pesquisa e Extensão em Micologia do Campus São Paulo), coordenado pelo professor Nelson Menolli Jr., esteve, no mês de abril, no Bosque Municipal Rangel Pietraroia, em Marília, no interior do estado de São Paulo, em busca de um cogumelo comestível ameaçado de extinção. 

Registros do projeto de conservação da espécie Rickiella edulis, um cogumelo comestível silvestre em perigo de extinção. a-b. Rickiella edulis, cogumelo comestível em perigo de extinção. a. Vista superior. b. Vista inferior. c. Pesquisadores participantes do projeto de conservação da espécie ameaçada (da esquerda para direita): Nelson Menolli Jr., Mariana de Paula Drewinski, Larissa Trierveiler Pereira, Michelle Campi e Yanine Maubet. d. Nelson Menolli Jr. e Mariana de Paula Drewinski com exemplares de Rickiella edulis encontrados no Bosque Municipal Rangel Pietraroia, em Marília – SP.
imagem sem descrição.

Rickiella edulis é o nome da espécie que está classificada como “em perigo de extinção”, segundo a Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN Red List).

Em busca desta espécie, estiveram em Marília o docente e a colaboradora do IFungiLab, Mariana de Paula Drewinski. A busca pela espécie ameaçada de extinção faz parte do projeto “Population survey, molecular characterization and ex situ conservation of the endangered South American edible fungal species Rickiella edulis”, financiado pela The Mohamed bin Zayed Species Conservation Fund e coordenado pela professora da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Larissa Trierveiler Pereira. O projeto ainda conta com a participação das pesquisadoras paraguaias Michelle Campi e Yanine Maubet, da Universidad Nacional de Asunción.

A espécie buscada pelos pesquisadores foi descrita em 1891, pelo micólogo italiano Carlos Luis Spegazzini, a partir de material coletado no Paraguai, em Guarapí, Departamento de Paraguarí. Recentemente, como parte do projeto financiado pela Fundação Mohamed Bin Zayed, a espécie foi recoletada no Paraguai, mais de 130 anos depois de seu primeiro registro (acreditava-se estar extinta), pela equipe da professora Campi.

No Brasil, a espécie foi registrada apenas em outras três localidades no estado do Rio Grande do Sul e duas no estado de São Paulo, nos municípios de Angatuba e Marília. O primeiro registro da espécie em Marília foi feito em 2022 pela entusiasta pelos fungos Mariana Villani. Além de Brasil e Paraguai, Rickiella edulis é também conhecida por três localidades na Argentina.

Foi o registro de Villani, em 2022, que levou a equipe do IFungiLab ao Bosque Municipal de Marília, onde foram recebidos pelo engenheiro florestal Gefferson Marconato, assessor especial do gabinete do secretário de meio ambiente do município. Foi então que, em 23 de abril de 2024, durante uma minuciosa caminhada pela mata do Bosque, Menolli e Drewinski encontraram alguns exemplares da espécie ameaçada de extinção. Esse novo registro possibilitará expandir os registros de distribuição e subsidiar estudos de conservação da espécie.

Como parte deste projeto, os pesquisadores do Brasil, do IFungiLab e da UFSCar, estiveram, na última semana, em missão ao Paraguai em busca da espécie ameaçada em outras áreas do Departamento Central do país, onde foram recebidos pela equipe da Universidad Nacional de Asunción. Nessa ocasião, a espécie foi encontrada novamente, configurando o terceiro registro para o Paraguai, desde sua descrição, em 1891.

O projeto de conservação desta espécie tem como seus principais objetivos encontrar na natureza populações de Rickiella edulis, com esforços no Brasil e no Paraguai; isolar os espécimes para obter cultura pura e promover a conservação ex situ; realizar estudos moleculares para caracterizar as populações amostradas; reavaliar, se necessário, o status da espécie na Lista Vermelha da IUCN; e promover ações de popularização para envolvimento, conservação e conscientização do público sobre esta espécie.

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