Aluna e professor da Biologia publicam nova espécie de cogumelo
O trabalho completo foi publicado na revista Mycotaxon, umas das principais revistas internacionais de taxonomia de fungos.
Aluna egressa do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas do Câmpus São Paulo, Daline Soares Freitas, e o Prof. Dr. Nelson Menolli Junior publicaram, no último mês de junho, um artigo científico em que eles descrevem uma nova espécie e uma nova variedade de cogumelos para a ciência.
O trabalho por eles publicado também foi tema do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) de Daline, defendido em 2016 e orientado pelo Prof. Menolli. Daline também foi bolsista de Iniciação Científica do CNPq por dois anos consecutivos, sob a orientação do Prof. Menolli. Desde a defesa do TCC e encerramento dos projetos de IC, Daline e o Prof. Menolli se dedicaram à escrita da versão final do trabalho para publicação e à melhoria de algumas análises que comprovariam as novidades científicas.
As descobertas realizadas pelos autores incluem a descrição de uma nova espécie e uma nova variedade de cogumelos do gênero Macrolepiota. Parte do material estudado por Daline foi coletado pelo Prof. Menolli em uma área de Mata Atlântica do estado do Rio Grande do Norte e depois trazido para São Paulo para realização dos estudos morfológicos e moleculares em parceria com o Instituto de Botânica. Outros espécimes de cogumelos estudados foram coletados pela própria autora e outros colaboradores no Parque Estadual das Fontes do Ipiranga, localizado na zona sul da cidade de São Paulo.
O gênero Macrolepiota, estudado por Daline, inclui cerca de 15 espécies conhecidas para o Brasil e 30 espécies conhecidas para o mundo. Uma característica particular das espécies estudadas por Daline é a presença de uma estrutura chamada volva na base do estipe. Das espécies do gênero Macrolepiota conhecidas para o mundo, até a publicação do trabalho de Daline, havia apenas cinco espécies caracterizadas pela presença de uma volva, sendo uma delas previamente registrada para o Brasil – Macrolepiota pulchella. O trabalho dos autores aumenta, portanto, para sete o número de táxons de Macrolepiota com volva para o mundo e ainda traz detalhes morfológicos e moleculares de M. pulchella nunca antes evidenciados.
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